Dicas de look

We will rock you: saiba mais sobre o dia mundial do rock e inspire-se nos visuais icônicos dos rockstars mais influentes da história

Desde sempre, moda e música fazem fusões memoráveis, e no caso do rock, uma arte potencializa a voz da outra

Indo muito além do que apenas um gênero musical, o rock n’roll é comportamento, atitude, um jeito de pensar e encarar a sociedade, e já que estamos no Paraíso Feminino, também é, obviamente, moda. O estilo nasceu entre o final dos anos 1940 e início da década de 1950, com a mistura e influência do blues, R&B, jazz e da country music: é um gênero totalmente derivado da cultura negra, por isso a fama de “rebelde” era dada a quem aderisse ao ritmo em seu gosto musical – além de outros motivos – já que nas épocas citadas o preconceito era – ainda mais – intrínseco à sociedade.

Reprodução/ Pinterest

Inicialmente, o nome “rock” era usado nos discos de R&B, indicando um flow ainda mais animado e dançante, e foi nos anos 1950 que Chuck Berry misturou ritmos e conquistou o merecido posto de pai do rock. Com seu jeito e comportamento excêntrico, devemos levar a sério quando ele diz que “devemos apreciar a música, mas não necessariamente o homem por detrás dela”.

Nos anos 1950 também surgiu o rei do rock, Elvis Presley, um arquétipo seguido por décadas e totalmente inovador com seu visual e passos de dança excitantes, que tornou o ritmo mais popular com a ajuda do cinema, com filmes como “O Selvagem” e “Juventude Transviada”, com as icônicas jaquetas de couro, calças jeans, botas e outros elementos característicos do visual rocker, moderno e rebelde. Na mesma época, o rock ganhou mais um aliado importante, e hoje, o principal elemento sonoro do gênero: a guitarra elétrica.

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Os anos 1960 ficaram conhecidos como uma década jovem e revolucionária, onde costumes e pensamentos foram completamente revirados do avesso, e por um acaso, o avesso foi o lado mais atraente para se pensar e agir. Claramente o cinema, as artes, a moda e a música aderiram ao zeitgeist, e os Beatles foram um dos grandes símbolos da época. Com seu visual alinhado, letras românticas em fusão com a sonoridade do rock and roll e a implementação de criações que se não fossem os quatro jovens britânicos, quem sabe se teríamos videoclipes para ver nossa banda favorita interpretando suas composições? Não dá nem para imaginar o que seria do mundo sem as influências dos ”besouros”.

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Com o passar dos anos surgiram outros subgêneros como o punk, o grunge, o metal, o indie rock entre outros, que foram criados como resposta ao anterior, sempre acompanhados de uma estética, crítica e pensamentos próprios e alinhados, com ideais potencializados por vozes marcantes, pessoas talentosas e, principalmente, inconformadas e que transformavam tudo isso em visuais irreverentes, autênticos e cheios de atitude.

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Como surgiu o dia mundial do rock?

Agora que você já sabe um pouco sobre a história do gênero, podemos falar sobre o dia mundial do rock: apesar do nome, a data é comemorada somente no Brasil, graças à rádios como 89 FM e 97 FM que passaram a celebrá-la em meados da década de 1990 com programações especiais.

A data 13 de julho tem uma razão: no mesmo dia, no ano de 1985, aconteceu o memorável festival Live Aid, um evento que juntou os maiores nomes do rock, como Queen, Black Sabbath, Mick Jagger, Elton John, Paul McCartney, U2, The Who, David Bowie, entre tantos outros, com shows simultâneos em Londres e na Filadélfia transmitidos ao vivo pela BBC, com o intuito de abrir os olhos do mundo para a fome no continente africano, e principalmente, para arrecadar doações em prol do “fim da fome na Etiópia”.

Moda e música: uma fusão que sempre dá certo

De estilistas que lançaram seu nome em cima de um gênero, como Vivienne Westwood com o punk e sua proximidade com os Sex Pistols, à criação de um gênero musical extravagante e sem regras que originou também uma nova maneira de se vestir, como é o caso do glam rock e David Bowie, moda e música sempre andaram de mãos dadas, uma potencializando a voz da outra, reforçando ideias em visuais, e visuais em ideias: é uma troca rica e extremamente recíproca.

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David Bowie

O camaleão do rock também foi o camaleão da moda: seu profundo interesse em explorar e mesclar gêneros musicais o inspirou a não ter regras quando o assunto era se vestir: dos visuais excêntricos e andróginos da época de seu alter ego Ziggy Stardust à fase minimalista de Thin White Duke, Bowie tornou-se referência de estilo e foi o precursor do glam rock, onde os arranjos musicais em si não tinham tanta diferença do rock tradicional, mas a estética dos figurinos faziam toda a diferença e davam aquele toque à mais de personalidade, e claro, elevavam o adjetivo de transgressor e progressista, característico de todas as estrelas do rock. As influências de seu amigo mímico, coreógrafo e bailarino Lindsay Kemp, também influenciou Bowie a aderir a um visual mais impactante e expressivo.

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Inspire-se!

Para quem se identifica com a fase glam de David Bowie, é interessante apostar em mix de texturas, estampas, cores e acessórios. Pense, por exemplo, em um visual composto por um conjunto de alfaiataria (blazer + calça) em um tecido estruturado, como o jacquard, que além de tudo é extremamente vistoso e luxuoso, combinado com botas metalizadas, com salto plataforma e de aspecto bem robusto, além de acessórios coloridos como um cinto largo com fivela arrojada em cor análoga ao conjunto, e brincos grandes e coloridos de acrílico ou cerâmica. Além disso, caso opte pela modelagem oversized, obterá um corte mais masculinizado, resultando na tão característica androginia do ícone do glam rock.

Já para quem curte David Bowie, mas se identifica mais com sua fase mais sóbria e minimalista, basta apostar em conjuntos de alfaiataria bem estruturados e clássicos, em cores neutras e com contrastes entre preto e branco e inserindo toques modernos, como o próprio contraste de cores e acessórios cheios de atitude e rebeldia, apostando em materiais como o vinil e o couro, além de não abrir mão do visual andrógino com roupas com um caimento mais rígido e masculino.

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Freddie Mercury (Queen)

Se você ainda não assistiu ao filme “Bohemian Rhapsody”, recomendamos fortemente que o faça, pois além de se inteirar sobre a história da banda Queen e sobre os altos e baixos de Freddie, também poderá se inspirar com alguns dos visuais excêntricos do cantor e dos looks mais românticos e delicados de Mary, sua então namorada.

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Inspire-se!

Logo no início de sua carreira, Freddie pendia para um lado mais excêntrico e glamouroso da moda, bebendo na fonte da positiva falta de definição de Bowie e sendo mais livre e expressivo na maneira de se vestir. Calças justas com a barra flare, blusas e macacões com decotes profundos, sobreposições volumosas e nada básicas, além de muito couro e vinil, que nos levam a enxergar uma estética mais fetichista, são itens marcantes e necessários para quem quer montar looks, ou até mesmo um estilo inspirado no cantor.

Seu clássico combo de regata + calça jeans + tênis branco também inspira às mais básicas, mas nada de visuais boring: coloque aquele cinto de ilhós ou spikes e invista sem medo em brincos ou colares mais robustos para que o look não passe despercebido, assim como nosso amado Freddie.

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Kurt Cobain (Nirvana)

Ícone dos anos 1990 e a cara do grunge, Kurt teve um final trágico, uma vida conturbada e controversa, mas que não ofuscou seu talento e sua sensibilidade em enxergar o mundo, muito pelo contrário: suas músicas são atemporais e extremamente profundas e tocantes. Para quem aprecia, é impossível não se arrepiar ao ouvir pelo menos uma canção da enérgica banda.

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Inspire-se!

Do clássico visual propositalmente largado, com camisas xadrez, calças jeans rasgadas, tênis surrados e óculos de sol arredondados e em cores sólidas aos looks zero masculinidade tóxica com vestidos florais, Kurt nos inspira a criar visuais cheios de estilo, nada monótonos e carregados de informação de moda, e claro, de personalidade, referências e história.

Inclusive, para referências frescas, atuais e questionadoras, é interessante conferir a coleção de Inverno 2020 da Gucci, onde Alessandro Michele se inspira justamente em personalidades como Kurt, Bowie e Freddie Mercury para mirar na questão da masculinidade tóxica, criando peças que desconstroem o padrão patriarcal em que nossa sociedade é moldada.

Jimi Hendrix

Ao morrer tão jovem, com apenas 27 anos, em 1970, Hendrix com certeza tornou-se uma lenda. Desde pequeno, com cerca de 10 anos de idade, o lendário guitarrista já demonstrava interesse por música, e claro, em especial ao instrumento que lhe transformou em um ícone: a guitarra. Entre se alistar no exército e integrar algumas bandas de blues e R&B, Jimi Hendrix ficou conhecido na Europa e nos Estados Unidos, conquistando reconhecimento e ganhando destaque por sua notável autenticidade ao tocar guitarra com as mãos, de costas e com os dentes – sim! – além de queimá-la ao final de algumas apresentações.

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Inspire-se!

Assim como muitos artistas icônicos, Jimi Hendrix tinha uma personalidade imponente e cheia de atitude nos palcos, mas quando longe deles, era tímido, quieto e vulnerável. As roupas com certeza o ajudaram a vestir mais autoconfiança e a fazê-lo sentir o talento que ele tinha em essência, correndo em suas veias.

Suas raízes e descendência pode ter influenciado suas roupas coloridas e exuberantes, extremamente autênticas e notáveis nos palcos: calças listradas e flare, camisas acetinadas ou estampadas e coloridas com golas adornadas e sobreposições com coletes texturizados, com muito design de superfície e com padronagens arrojadas, além é claro, das jaquetas country com franjas nas costas e nas mangas. Acessórios como mix de colares, lenços e chapéus não ficam de fora do característico estilo do gênio da guitarra e podem te inspirar a criar visuais expressivos e maximalistas, carregados de referências e de estilo.

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