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Mês da mulher: 5 nomes memoráveis para te inspirar na moda e na vida

Juntas, somos muito mais potentes, e se inspirar em outras mulheres é, de certa forma, carregar uma parte de seu legado na nossa própria história

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Dia 8 de março é internacionalmente comemorado o dia da mulher, e embora a data instigue alguns hábitos de consumo, como comprar uma rosa, um chocolate e desejar “parabéns pelo seu dia”, gostaríamos de dizer que o significado vai muito além disso: queremos respeito e igualdade todos os dias do ano, queremos que todos, homens e mulheres, enxerguem que a única maneira das coisas serem mais justas e benéficas é fazendo com que todas as vozes sejam ouvidas e consideradas da mesma maneira.

Lutar pela igualdade entre homens e mulheres chama-se feminismo: um movimento articulado na Europa no século XIX, com o intuito de conquistar a equiparação dos direitos sociais e políticos de ambos os sexos, por considerar que as mulheres são intrinsecamente iguais aos homens e devem ter acesso irrestrito às mesmas oportunidades destes.

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Como bem sabemos, o mundo é dominado pelo patriarcado, onde as opiniões e ideias masculinas têm um peso maior. Sem saber, somos educados desde pequenos a acompanhar essa linha machista de pensamento e a agirmos da mesma maneira. Mas, os tempos estão mudando, e cada vez mais, temos consciência de que somos capazes, de que não somos inferiores e que o “sexo frágil” foi criado com o intuito de nos desencorajar a sermos quem somos, e de externarmos nossa verdadeira força. Ao longo dos séculos, foram ocultados muitos conhecimentos sobre o feminino, porque nada é capaz de amarrar ou prender uma mulher que sabe de suas potências.

O feminino é inspiração

“Juntas somos mais fortes” é um bordão verdadeiro. Quando nos unimos a outras mulheres, oferecemos nosso apoio, empatia e compreensão, praticamos a sororidade, e validamos a ideia de equiparação, nos fortalecemos, nos livramos de pensamentos ultrapassados e de estereótipos que servem apenas para nos enjaular. 

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Cada mulher trava sua própria luta, dentro da sua própria realidade, e muitas delas fizeram história: histórias essas que inspiram e que nos dão ainda mais força e coragem para que outras consigam colocar seus planos e ideias no mundo.

E como o Paraíso Feminino é um portal de moda, obviamente vamos buscar inspiração em mulheres que trazem ou já trouxeram toda sua força feminina através de roupas marcantes e cheias de significado e posicionamento. Confira algumas delas.

Beyoncé

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De uns anos para cá, Queen B vem levantando bandeiras acerca do feminismo e do racismo em suas obras: um bom exemplo é a música “Flawless”, onde ela usa uma parte da palestra “We Should All Be Feminists”, da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, que é uma verdadeira aula!

Um momento potente e inspirador foi quando a cantora apresentou o single “Formation” no Super Bowl de 2016, com críticas explícitas à violência policial contra a população negra.

Seu figurino foi todo inspirado em Michael Jackson, afirmando seu orgulho em ser uma mulher negra e exaltando suas raízes. Já os figurinos de suas bailarinas faziam referências ao uniforme dos Panteras Negras, movimento político antirracista da década de 1960. Memorável!

Serena Williams

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Para quem ainda não a conhece, a norte-americana Serena Jameka Williams é uma das maiores jogadoras de tênis do mundo. Por diversas vezes a tenista lutou contra o sexismo, machismo e racismo em quadra com uma postura de plena sororidade, e claro, além de seu talento, dedicação e de ocupar um importante lugar no cenário esportivo, essas foram características a mais que nos fizeram admirá-la mais ainda.

Serena teve complicações de saúde no pós parto e enfrentou dificuldades no retorno ao trabalho. Por ter sofrido uma embolia pulmonar logo após dar à luz à sua filha Alexis Olympia Ohanian Jr., ao disputar o torneio de Roland Garros em maio de 2018, usou um macacão preto desenvolvido pela Nike, com tecnologias especiais para ajudar na circulação. A peça foi criticada por “ferir o dress code” do torneio e foi vetada, com a organização ameaçando enrijecer as regras de vestimenta do torneio.

Além da funcionalidade de ajudar na circulação pós-parto, a tenista chama o macacão de “Roupa de Wakanda”, para inspirar mulheres que tiveram dificuldades após parir. Após toda a polêmica ao redor do acontecimento, ela tweetou: “Para todas as mães que enfrentam uma recuperação complicada pós-parto. Se eu consigo enfrentar, vocês também podem. Amor para todas nós”.

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A Nike e a mídia também se posicionaram muito bem com a seguinte frase: “Você pode tirar a roupa da super-heroína, mas jamais seus superpoderes”.

Após a polêmica, ela apareceu vestindo um macaquinho Australian Open – vimos que ela deu um jeito de acatar ao dress code à sua maneira – e a partir daí, passou a usar a roupa de trabalho como forma de expressão: no US Open usou uma saia de tutu criado por Virgil Abloh; no Roland Garros de 2019 usou uma espécie de capa sobreposta, com as palavras “mãe, campeã, rainha e deusa”, também desenvolvida pelo estilista. E por fim, homenageando Florence Griffith Joyner que ganhou medalha de prata olímpica em 1984, no Australian Open de 2021, Serena usou um macacão assimétrico, metade shorts, metade calça, totalmente inspirado em FloJo que também usava as roupas como uma maneira de se expressar.

Toda nossa admiração e respeito à mulher que “queria ser a maior tenista do mundo, e não a melhor jogadora de tênis do sexo feminino”.

Madonna

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Não é preciso muitas explicações para entender o porquê Madonna está na nossa lista de mulheres memoráveis. A Rainha do pop foi uma das pioneiras ao abordar temas ligados à sexualidade feminina e diversidade dentro da música pop, expondo a que veio principalmente quando lançou seu single “Like a Virgin” há 37 anos.

Diante de tantos feitos inesquecíveis, o que escolhemos lembrar é do icônico sutiã de cone criado por Jean Paul Gaultier para ser usado durante a turnê “Blond Ambition Tour” em 1989 para cantar “Express Yourself”. A música é um verdadeiro hino, que nos encoraja até hoje a expressarmos o que queremos, a levantar nossas vozes e fazer com que sejamos ouvidas, a valorizar nossas vontades, nossas ideias e nos colocarmos em primeiro lugar.

Na época, Madonna disse: “Na minha opinião, assim como um homem pode expressar o que ele quer, deveria existir o mesmo direito para a mulher”.

E hoje em dia, após ter sido colocada de lado pela indústria após ter atingido uma idade mais madura, a cantora é porta voz das ideias sobre sexismo e envelhecimento, tema que vem repercutindo bastante, já que, cada vez mais, são levantadas questões sobre as mulheres, criticando a “data de validade” que nos dão após uma certa idade/aparência, principalmente dentro da indústria musical e cinematográfica.

O repertório de Madonna que envolve música e feminismo é longo, e poderíamos fazer uma extensa matéria apenas para abordar o assunto!

Marlene Dietrich

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Uma das personalidades mais influentes da década de 1920, com seu típico visual de melindrosa, Marlene Dietrich causou frisson ao aparecer publicamente usando trajes tipicamente masculinos, como o terno, e principalmente a calça – que quase a fez ser presa por usá-la em ambiente público – considerando que na época, usar roupas que não valorizassem a feminilidade das mulheres era um verdadeiro tabu, uma transgressão – que não era vista com bons olhos.

Na década de 1930 a atriz foi ainda mais “ultrajante” e apareceu de terno e gravata no filme “Marocco”, de Josef Von Sternberg. Hoje em dia é algo comum usarmos calças, blazers e camisas no dia a dia ou até mesmo em ocasiões especiais, e devemos nos lembrar que foram mulheres como Marlene Dietrich que abriram caminhos para que pudéssemos escolher o que vestir com mais liberdade.

Lembrando que as roupas não são apenas roupas: transmitem ideias, e naquela época, estava totalmente atrelada à liberdade feminina, em todos os sentidos. E a partir da atitude rebelde da atriz, uma ideia de androginia começou a ganhar espaço dentro de uma sociedade com visões extremamente ultrapassadas.

Frida Kahlo

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A pintora Frida Kahlo inspira até hoje com suas cores e elementos de estilo característicos tanto de sua personalidade quanto das heranças da cultura mexicana. Seu jeito livre de viver e de ver a vida deu origem às suas memoráveis obras, que conseguem transmitir toda a intensidade de seus sentimentos em relação ao amor, à dor, às conquistas e às perdas.

Acompanhando sua história, conseguimos perceber que as roupas são um importante ponto a ser observado em relação à sua expressão: quando ela estava apaixonada e em harmonia com Diego, seu marido, ela usava os típicos vestidos mexicanos, deixava os cabelos compridos e os trançava em penteados femininos, usava acessórios, flores e cores. Já quando eles viviam suas dolorosas crises, que envolviam traições e separações, Frida cortava os cabelos, usava roupas com corte masculino e demonstrava uma aparência mais despreocupada e menos vaidosa.

Um ponto a se destacar em relação às roupas de Frida era o rebozo: um xale usado pelas adelitas (mulheres rebeldes) durante a Revolução Mexicana de 1910 para contrabandear armas e bebês pelos postos de controle federais, ajudando a resistência. O item foi adotado pela pintora como símbolo de seu posicionamento feminista.

Juntas somos melhores!

A mulher carrega em si as forças e os ciclos da natureza, o milagre da vida. E quando ela se conhece e se reconhece, consegue descobrir um poder imensurável sustentado por outras gerações, por sua ancestralidade. É importante saber que podemos buscar nossas forças e nossa verdadeira essência dentro da nossa própria história e transcender, encontrar nosso propósito e disseminar nossas ideias de maneira coerente com quem somos verdadeiramente. 

A Paraíso Feminino celebra a conquista de todas as mulheres e deseja todo o respeito, igualdade e equidade não somente no mês de março, mas durante o ano todo!

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